quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Ah, uma coisa antiga

Espelho

à pessoa de Márcio do Prado

A velha sala onde sentávamos
Agora está cheirando a mofo e pó.
E o nosso velho espelho,
Está lá, encostado ao fundo,
Observando a janela distante,
Em que pessoas passam todos os dias,
Incessantemente.

Das nossas cervejas e do toca discos,
Que ouvíamos sempre, não há nenhum rastro.
E me comove, pelo tempo, o brilho embaçado
Do espelho, que solitário reflete um mundo sem cor,
Apesar do colorido que abunda além da janela.
Ele não consegue mais captar uma imagem nítida.
Chego a afirmar que ele é e não é mais um espelho.
Seria algo além. E as pessoas seriam também?

Pra não ficar muito pouco, uma tradução.

Bem, então vou postar uma coisa que gosto: uma tradução de uma canção do Bowie que eu gosto bastente, seguida da original:

Algum dia eles não te deixarão, agora você deve admitir
As horas, elas estão eficazes, e a mudança não é livre
Você tem que ler isto nas casas de chá, e os canais na tv
Cuidado com a garra selvagem
De 1984.
Eles vão rachar seu belo crânio, e preenchê-lo com ar
E dizer que você está em oitenta, mas irmão, você não se importará
Você estará atirando alto em algo, o amanhã nunca há
Cuidado com a garra selvagem
De 1984.
Venha ver, venha ver, você lembra de mim?
Nós representamos por toda a noite um papel num filme
Você diria que isso duraria, mas eu acho que nós registramos
Em 1984 (quem poderia pedir por mais)
1984 (quem poderia pedir por ma-a-a-a-ais)
(ma-a-a-a-ais)
Eu estou procurando por um carro, eu estou procurando por uma rota
Eu estou procurando por uma festa, eu estou procurando por uma calçada,
Eu estou procurando pela traição que eu sabia em ‘65
Cuidado com a garra selvagem
De 1984.
Venha ver, venha ver, você lembra de mim?
Nós representamos por toda a noite um papel num filme
Você diria que isso duraria, mas eu acho que nós registramos
Em 1984 (quem poderia pedir por mais)
1984 (quem poderia pedir por ma-a-a-a-ais)
(ma-a-a-a-ais)
1984
1984
1984 (ma-a-a-a-ais)
1984
1984 (ma-a-a-a-ais)
1984

e agora, a original:

Someday they won’t let you, now you must agree
The times they are a-telling, and the changing isn’t free
You’ve read it in the tea leaves, and the tracks are on tv
Beware the savage jaw
Of 1984
They’ll split your pretty cranium, and fill it full of air
And tell that you’re eighty, but brother, you won’t care
You’ll be shooting up on anything, tomorrow’s never there
Beware the savage jaw
Of 1984
Come see, come see, remember me?
We played out an all night movie role
You said it would last, but
I guess we enrolled
In 1984 (who could ask for more)
1984 (who could ask for mor-or-or-or-ore)
(mor-or-or-or-ore)
I’m looking for a vehicle, I’m looking for a ride
I’m looking for a party, I’m looking for a side
I’m looking for the treason that I knew in ’65
Beware the savage jaw
Of 1984
Come see, come see, remember me?
We played out an all night movie role
You said it would last, but I guess we enrolled
In 1984 (who could ask for more)
1984 (who could ask for mor-or-or-or-ore)
(mor-or-or-or-ore)
1984
1984
1984 (mor-or-or-or-ore)
1984
1984 (mor-or-or-or-ore)
1984

Post inicial: o que dizer de início?

A verdade é que eu não sei o que dizer de início. Muito menos o vou postar nesse blog. Se postarei com freqüência ou não.
A única coisa que posso garantir, é que postarei aquilo que me der vontade.
Bem, acho que isso pode ser considerado um início.
É isso.