1.
Outrora o Tártaro talvez quisesse,
Para
fugir de quem já fui, serei.
Num
rio vagar, à escuridão me dar,
Desejável fosse.
Beata
sombra com os dons de Baco,
Parte
das mênades nos montes correndo,
Sem
me importar com memoráveis coisas
Desgastadas ao sol.
Hoje,
o vinho alentador recuso,
Do
cais escuro distam as velhas sombras.
Vultos
celérrimos sigo na noite,
Deleitadas visões.
Constelam
vórtices diariamente
Os
olhos múltiplos em telas plenas,
Dificilmente
acompanho aqui,
Pois de ti, disto muito.
2.
Em seus braços quero me lançar
Deslizar
nas ondas da noite
Que
cobrem-lhe bela testa.
Afogar
em seus lábios,
Que
recendem uma chama carmim,
Aplacar
o implacável
Desejo.
Lançar
célere e acre pilum
Nos
lençóis de cetim
Entregar
em seus braços claros
O
último filho do sonho a dar
O
peito em chamas
Que
não se consomem.