Espelho
à pessoa de Márcio do Prado
A velha sala onde sentávamos
Agora está cheirando a mofo e pó.
E o nosso velho espelho,
Está lá, encostado ao fundo,
Observando a janela distante,
Em que pessoas passam todos os dias,
Incessantemente.
Das nossas cervejas e do toca discos,
Que ouvíamos sempre, não há nenhum rastro.
E me comove, pelo tempo, o brilho embaçado
Do espelho, que solitário reflete um mundo sem cor,
Apesar do colorido que abunda além da janela.
Ele não consegue mais captar uma imagem nítida.
Chego a afirmar que ele é e não é mais um espelho.
Seria algo além. E as pessoas seriam também?
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